Antes de decidir se altera ou não a meta oficial do superavit primário deste ano, o governo deve usar uma brecha legal para economizar menos do que o previsto para o pagamento dos juros da dívida pública. A meta de poupança anunciada de R$ 80,8 bilhões para o governo central, conceito que exclui o desempenho de Estados e municípios, poderia cair para apenas R$ 49,07 bilhões se for utilizado todo o desconto permitido pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Assim, o resultado fiscal do governo, sem contar a economia feita por governadores e prefeitos, ficaria abaixo de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano - essa meta inicial era de 1,55%.
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